CRITICA l Medo Profundo:O Segundo ATAQUE

CRITICA l Medo Profundo:O Segundo 

ATAQUE


 
Pouquíssimas pessoas cogitariam passar suas férias de verão avistando tubarões mortais de dentro de uma jaula submersa, mas o inesperado hit Medo Profundo, do diretor Johannes Roberts (Os Estranhos: Caçada Noturna), extraiu desta premissa seu ponto de partida e desenvolvimento. Para a segunda vez, com Medo Profundo: O Segundo Ataque, há um desvio de trama muito mais inacreditável para posicionar suas personagens diante do perigo de tubarões albinos.
Para fugir do tédio de uma excursão escolar, um grupo de jovens se aventura em uma tumba submersa não muito longe dali, sem a permissão dos pais ou conhecimento dos perigos que habitam no local, incluindo, sem surpresa alguma, tubarões gigantes e ferozes. Filmes que baseiam seus argumentos de roteiro inteiramente sobre a falta de inteligência dos protagonistas raramente geram identificação, e este é novamente o caso em noventa minutos de terror submarino.
Enquanto o ainda recente Predadores Assassinos criava algumas motivações sólidas para que sua protagonista se colocasse sob perigo de morte, trazendo boa dose de engajamento com tudo o que ocorre em seguida, Medo Profundo: O Segundo Ataque traz desculpas frouxas e não possui sequer um ponto de partida que apresente satisfatoriamente os riscos pessoais corridos pelas personagens, limitando o retrato de sua amizade a breves montagens ao som de músicas oitentistas animadas.
As fraquíssimas relações entre as garotas, principalmente entre as irmãs adotivas Mia (Sophie Nélisse) e Sasha (Corinne Foxx), são postas à prova na tentativa de fuga da labiríntica tumba subterrânea, cuja entrada desaba e deixa as jovens sem opções além de adentrar em território cada vez mais perigoso. Porém não há alguma tentativa sequer do diretor Johannes Roberts em extrair tensão de possíveis atritos emergentes entre as sobreviventes, nem emoção das perdas que sofrem.
O projeto está muito mais preocupado desta vez com as aparições dos tubarões e os sustos baratos que rendem a cada esquina, nas quais o uso dos ambientes claustrofóbicos torna-se repetitivo e um tanto preguiçoso – o emprego de efeitos digitais limita gravemente o impacto visual surtido pelo surgimento das gigantescas criaturas, que nunca ganham uma aparência convincente e possuem animações de movimento limitadas, como em um videogame de geração passada.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Conheça o Legendia

Dua Lipa lança 'Don't Start Now'; assista ao vídeo

Como Visitar o Burj Khalifa em Dubai